quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O que é ser normal?

Essa é mais uma interação do Papo Fobia 

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     Normal vem de norma que significa regra. Na maioria dos casos, ser normal quer dizer está dentro da média. Por isso o conceito de normalidade é relativo, afinal o que pode ser aceitável em lugar pode ser anormal em outro. Por exemplo, na China se come escorpiões, isso é perfeitamente aceitável lá, mas se alguém resolve comer escorpiões no Brasil vai ser considerado um esquisito.
    Quando se fala de comportamento humano o conceito de normalidade se torna muito amplo, pois todos nós possuímos alguma excentricidade. Desde que isso não nos cause conflitos, não impeça de trabalhar ou de ser feliz, não há motivos para ser considerado anormal ou maluco.
     Daniel Offer e Melvin Sabshin concluíram que a normalidade poderia ser definida em quatro perspectivas: normalidade como saúde, normalidade como utopia, normalidade como média e normalidade como processo.
    

Normalidade como saúde

     É o enfoque do modelo médico tradicional, e nele a normalidade seria a ausência de doenças claras. Se não existem sintomas observáveis de alguma psicopatologia (qualquer adoecimento mental) então o paciente é considerado normal. Nessa perspectiva não importa estar bem (feliz, satisfeito) desde que não se esteja doente.       Apesar do nome “médico” esse modelo também é comum entre psicólogos e psicanalistas.

Normalidade como utopia

    Utopia é nome que se dá a qualquer coisa tão perfeita que se torna inalcançável. Nesse aspecto a normalidade seria o funcionamento harmonioso da mente, sem a presença de qualquer tipo de conflitos e com uma atividade perfeita de todos os aspectos da subjetividade. Quanto a isso Freud declara: “um ego normal é como a normalidade geral, uma ficção ideal”.

Normalidade como média

     Essa é a perspectiva mais usada em Psicologia. É realizada uma pesquisa em grupos de indivíduos com as mesmas características (sexo, idade, raça, classe social, etc.) e se estabelece uma faixa que engloba a resposta ou característica mais frequentes (curva senoidal) e tudo o que estiver acima ou abaixo dessa faixa é considerado desvio. Desse modo a normalidade é entendida como algo dentro de um grupo e não com relação a um único individuo. 

Normalidade como processo

   Nesse padrão considera-se que existem mudanças e características (estágios) típicas de um período ou faixa etária de um individuo. Esses estágios são interdependentes e interagem entre si. Um modelo perfeito dessa forma de normalidade é escala de Erick Ericson de desenvolvimento. 

Normalidade focada no indivíduo

     É possível considerar a normalidade levando em conta o funcionamento interno do individuo ao invés de compará-lo a outros. Nesse processo levam-se em conta as particularidades do sujeito: condições sociais, informações que dispõe, quanto tempo esteve limitado etc. esse modelo não é muito bem aceito, pois é ainda mais difícil de determinar.

Minha opinião sobre o que é ser normal

  
   Basicamente existem duas formas de se definir a normalidade: usando-se como critério maioria ou utilizar o próprio indivíduo como critério. O perigo de se utilizar o parâmetro da maioria é excluir indivíduos saudáveis e funcionais simplesmente por que estes pensam e agem de maneira diferente dos demais, dessa forma o critério de comparação obriga as pessoas se comportarem como os outros e negarem a sua própria identidade. Por outro lado utilizar como parâmetro o próprio indivíduo, além de ser complicado, corre-se o risco de se considerar saudável ou normal alguém que esteja doente e não se reconheça como tal.

    Em minha opinião, normal é qualquer um que apesar possuir conflitos internos, seja capaz de trabalhar, amar e buscar a sua própria forma de ser feliz.  

Características das pessoas normais

     Definir o que é uma pessoa normal não é algo simples, por isso vamos observar as características presentes nos “normais” ou nos chamados mentalmente ajustados:

1.      Consegue controlar razoavelmente as suas emoções e não agi impulsivamente. É capaz de julgar as suas ações, bem como as conseqüências delas e tomar decisões racionais.  
2.      É flexível, consegue viver com vários tipos de pessoas sem entrar em conflitos, sendo ponderada e compreensiva.
3.      Não tem pensamentos ruins fixos ou recorrentes
4.      Não fica triste sem que haja um motivo justificável nem deixa que isso o impeça de trabalhar e cumprir suas responsabilidades
5.      Aprende com os seus erros e usa suas experiências para se aperfeiçoar
6.      Não deixa que as lembranças do passado lhe aborreçam ou lhe impeçam de viver o presente
7.       É capaz de expressar a suas opiniões e emoções sem se deixar atemorizar pela timidez e opiniões de terceiros.
8.      medo excessivo não lhe impede de fazer o que deseja e nem lhe coloca em situações vexatórias
9.       Não fica exageradamente apreensivo ou ansioso com o futuro e nem com que esta por vir
10.   Vícios e manias não dominam a sua vida.
11.  Possui boa autoestima e confia em si mesmo
12.  Não se deixa dominar pela raiva ou fúria
13.  Está sempre insatisfeito e em busca de algo que não sabe o que é (nem tudo é perfeito!)
14.   Apesar de tudo, se considera alguém feliz. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Real adolescente com fobia social


O que é fobia social?

1- É uma forma de fobia cujo objeto de temor são as interações sociais: conversar, falar em público, trabalhar, comer ou fazer qualquer coisa onde o sujeito se veja em situação de observação ou sob julgamento de outros. A fobia social é geralmente confundida com timidez. Essa troca é justificável, pois, fica difícil saber onde termina a vergonha e começa o medo.
 2-   Fobia social é uma patologia psiquiátrica (dentro dos Transtornos Fóbicos Ansiosos) cujo principal Característica é a intensa ansiedade gerada em situações sociais (festas, conversas, até o simples olhar do outro é uma forma de interação).